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Carlos Bolsonaro e Major Olímpio trocam insultos na internet

Um dia após a Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) ter destacado a necessidade de unidade da direita, que vive disputas internas um ano após a eleição de Jair Bolsonaro, apoiadores do presidente discutiram entre si nas redes sociais. Neste domingo, 13, o senador Major Olimpio, líder do PSL no Senado, e o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), trocaram mensagens críticas via Twitter.

As rusgas começaram quando Carlos escreveu, mais cedo, que o Major era um «bobo da corte» que «diz absurdos». «Conheço sua laia, canalha», afirmou o vereador, sugerindo que Major Olimpio seria ingrato por ter apoiado Márcio França (PSB-SP) na corrida para o governo de São Paulo e posteriormente ter procurado o governador João Doria (PSDB-SP), que venceu a disputa.

Major Olimpio, por sua vez, declarou que o Carlos Bolsonaro ofende quem deseja ajudar o presidente Bolsonaro. «Vá ser vereador no Rio de Janeiro que sua ausência ajudará muito o Brasil», afirmou, também em sua conta oficial no Twitter. «Não vou permitir molecagem comigo e assistir calado os ‘príncipes’ prejudicando o governo do pai», completou, classificando as postagens de Carlos como «baixaria» e «desespero».

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«Sou Senador graças ao presidente Bolsonaro, apoio-o e continuarei apoiando, mas não vou permitir molecagem comigo e assistir calado os ‘príncipes’ prejudicando o governo do pai! ‘Não se opor ao erro é aprová-lo, não defender a verdade é negá-la’. São Tomás de Aquino», respondeu Olimpio.

Carta

A carta em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, divulgada na última quarta-feira, 9, por membros do PSL, aprofundou as disputas internas do partido. Neste domingo, os deputados federais Filipe Barros (PSL-PR) e Bia Kicis (PSL-DF) divulgaram vídeo no qual chamam Joice Hasselmann (PSL-SP) de desinformada, com uma fala repleta de «artifícios utilizados pela esquerda».

A presença de Bia Kicis e Filipe Barros nas redes sociais é uma resposta à ação de Joice Hasselmann (PSL-SP) que, neste sábado, também em manifestação por meio do Twitter, chamou a carta dos parlamentares do PSL de «coisa idiota». «A cartinha foi feita por um grupelho que se juntou e sequer comunicou o partido como um todo. Foi uma malandragem, uma armadilha», declarou a parlamentar, que também é líder do governo no Congresso Nacional Joice não está entre os signatários do documento.

Para Filipe Barros e Bis Kicis, «pessoas de má-fé estão nos atacando, como se nós quiséssemos dividir o partido, o que não é verdade». «Se tem alguém que está trabalhando pela união somos nós, e não pessoas que estão fazendo alarde nas redes sociais e por baixo dos panos querem outras coisas», completou Filipe Barros.

Joice Hasselmann busca apoio para ser a candidata do PSL à prefeitura de São Paulo nas eleições de 2020, mas tem enfrentado resistências. Em entrevista exclusiva ao Estadão/Broadcast, na semana passada, a deputada afirmou que, se for não for indicada pelo partido, tem o salvo-conduto de outras siglas para disputar o pleito.

Filipe disse, no vídeo, que nem ele nem Bia Kicis têm interesse de mudar de partido, mas, sim, «corrigir os rumos» tomados pela sigla. «Nós tivemos que nos manifestar – depois de uma reunião com o presidente – que estamos com o presidente Bolsonaro. Isso não quer dizer que estamos contra o PSL, nem atacando alguém do PSL», declarou Bia Kicis.

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