Uma ação da PF (Polícia Federal) deve cumprir 22 mandados de prisão contra advogados, contadores e servidores do INSS suspeitos de fraude contra o sistema previdenciário na manhã desta segunda-feira (23) em São Paulo. A operação Cronocinese teve autorização da 9ª Vara Federal Criminal de SP e conta com apoio do Ministério da Economia.
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Na investigação, a polícia descobriu um esquema que concedia aposentadorias a pessoas sem tempo suficientes de contribuição. Para isso, eles vinculavam trabalhos inexistentes, ao transmitirem GFIPs (Guias de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social) de empresas inativas.
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A quadrilha tinha como base dois escritórios de contabilidade, que inseriam os dados falsos no sistema do INSS. Outros cinco advogados eram responsáveis pela captação de clientes e formalização dos requerimentos de aposentadoria ao governo federal.
De acordo com a PF, centenas de benefícios foram concedidos dessa maneira e todos os requerimentos estavam concentrados em seis servidores do INSS, que aprovaram as aposentadorias sem observarem requisitos obrigatórios por lei, como período de carência e conferência física dos documentos apresentados.
O prejuízo estimado do esquema criminoso aos cofres públicos é de R$ 55 milhões – caso a quadrilha não tivesse sido descoberta, o rombo poderia ter chego a R$ 347 milhões. Os investigados serão indiciados por crimes de organização criminosa, estelionato e inserção de dados falsos em sistemas de informação – as penas variam de 2 a 12 anos de reclusão.