O Ministério Público do Rio de Janeiro investiga, em dois procedimentos, o vereador Carlos Bolsonaro (PSC) pela suspeita da prática de «rachadinha» – em que o servidor público empregado pelo parlamentar divide com ele seu salário – e do uso de funcionários fantasmas.
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O filho do meio de Jair Bolsonaro não se pronunciou, até o momento, sobre a abertura dos procedimentos.
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A investigação começou após repercussão na imprensa de notícias sobre funcionários do gabinete de Carlos, trabalhando sob circunstâncias suspeitas.
Em abril, uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo apontou que o vereador empregava, até o mês de janeiro, uma moradora da cidade de Magé – a 50 km do Rio de Janeiro. Nadir Barbosa Goes, de 70 anos, é irmã do atual assessor de Carlos, o militar Edir Barbosa Goes. Ela nega ter trabalhado para o parlamentar.
Cileide Barbosa Mendes, de 43 anos, também esteve sob suspeita após abrir três empresas utilizando o endereço do escritório de Jair Bolsonaro. Ela foi exonerada do gabinete de Carlos no início deste ano, e chegou a ganhar R$ 7.483 de salário.
Para assessores comissionados, a Câmara Municipal do Rio não exige marcação de ponto – sua frequência é assinada pelos próprios vereadores. As seis horas diárias também não precisam ser cumpridas na própria Câmara – considera-se não existir um espaço físico para atuar no gabinete de um parlamentar.