Foco

Estações da CPTM lideram viagens complementares feitas de Uber, diz pesquisa

As estações da CPTM estão na liderança das viagens complementares realizadas em carros solicitados pelo aplicativo da Uber. É o que revela pesquisa do Datafolha encomendada pela empresa, que indica que 87% dos moradores da Grande São Paulo já utilizaram o app como complemento ao transporte público.

O levantamento foi realizado com 624 pessoas na Grande São Paulo, entre os dias 2 e 10 de abril, e tem margem de erro de 4 pontos percentuais. Os dados foram cruzados com um estudo interno da Uber.

Grajaú, Jurubatuba e Osasco (linha-9) lideram o ranking, seguidas por São Caetano, Santo André e Mauá (linha-10), e Ferraz de Vasconcelos (linha-11), em terceiro, seguida pela única estação de Metrô entre as oito primeiras, a estação Itaquera. A empresa não informou os números absolutos.

Recomendados

Segundo dados da Uber, enquanto a região do centro expandido não apresenta variação média entre as viagens que ocorrem durante a semana, comparando ao fim de semana, as estações citadas apresentam volume entre 17% a 23% maior durante a semana. De todas a viagens realizadas, cerca de 70% são de até 2 km de distância.

Veja também:
Anúncio da nova liberação de saques do FGTS está previsto para quarta-feira, diz Onyx
Procuradores da Lava Jato debateram caso envolvendo Flávio Bolsonaro, diz site

Músico e produtor teatral, Rodolfo Almeida Barbosa, 38 anos, não tem carro próprio e conta que trocou o ônibus pelos serviços de aplicativos. “Como tenho que andar com muitos equipamentos, acho mais prático”, diz. “Uso o carro de aplicativo para ir e voltar das estações de trens e metrôs. Mas analiso o que preciso fazer no dia e se tiver muitas paradas, vou direto pelo app.”

Outro fator que estimula é o custo: “Da minha casa (no Jardim Flórida, na cidade de Mauá) até o Centro, eu e minha mulher gastamos R$ 8,60 de ônibus. Se formos pelo app, gastamos média de R$ 6,50 a R$ 8. Além do conforto de ir sentado no carro.”

Breno Viana de Oliveira, 21 anos, assistente de compras, diz que praticamente aboliu o ônibus. “Estive bem cansado nos últimos meses, com faculdade e trabalho, então optei por essa comodidade”, disse ele, que mora em Santo André e gasta entre R$ 15 a R$ 25 com aplicativo de transporte por dia.

“Como trabalho próximo e o fretado da empresa passa bem mais cedo [do meu horário de entrada], tenho optado por usar os aplicativos”, continua. “[Se fosse de ônibus] pegaria dois e andaria 10 minutos.”

A Pesquisa Origem-Destino divulgada pelo Metrô de SP, no início do mês, aponta que os ônibus foram os que mais perderam preferência nos últimos 10 anos. O número de pessoas que utilizam o meio de transporte caiu 25% no ABC, de acordo com o levantamento.

Tags

Últimas Notícias


Nós recomendamos