O presidente Jair Bolsonaro e o Ministério Público Federal (MPF) não apresentaram recursos contra a decisão da Justiça Federal que considerou inimputável Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada contra o então candidato à presidência em setembro do ano passado.
A informação foi revelada nesta terça-feira (16) pela 3ª Vara Federal em Juiz de Fora, que impôs medida de segurança de internação por prazo indeterminado contra o agressor.
A justiça alegou que não cabe mais recurso da decisão e encerrou o processo no último dia 12 de julho, cerca de um mês depois que o juiz federal Bruno Saviano, da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora, afirmou que Adélio era inimputável, ou seja, incapaz de responder por seus atos.
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Na medida, o magistrado considerou que Adélio é portador de Transtorno Delirante Persistente e converteu a prisão preventiva em internação por tempo indeterminado e optou por mantê-lo no presídio federal de Campo Grande. O MPF chegou a ser intimado no dia 17 de junho enquanto que Bolsonaro foi no dia 28 do mesmo mês, mas ambos não apresentaram recursos no período legal.
Com isso, a defesa do réu, por sua vez, renunciou ao prazo dado. No dia 6 de setembro de 2018, durante o primeiro turno da corrida pelo Palácio do Planalto, Bolsonaro realizava sua campanha eleitoral em um comício em Juiz de Fora (MG) quando foi atacado a faca por Adélio. Na ocasião, ele foi hospitalizado na Santa Casa de Misericórdia local, onde passou por uma cirurgia.
Adélio, por sua vez, que confessou o crime, foi preso em flagrante logo após o incidente.