Depois de usar barras de chocolate para falar sobre o contingenciamento de recursos, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, se valeu nesta quinta-feira de mais uma metáfora: parodiou filme “Cantando na Chuva” para negar que tenha cortado verbas para a recuperação do Museu Nacional (RJ).
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Cantarolando e girando um guarda-chuva, o ministro publicou vídeo na internet em que diz estar “chovendo ‘fake news’”.
“Essa última ‘fake news’ alega que a paralisação da recuperação do Museu Nacional, aquele que o reitor da UFRJ não conseguiu explicar, estaria sendo feita pelo MEC [Ministério da Educação]”, afirmou Weintraub.
Segundo dados da Andifes (associação que reúne os dirigentes das universidades federais) – e que serviram de base para reportagens na imprensa –, dos R$ 55 milhões que estavam previstos para recuperação do Museu Nacional (que pegou fogo no ano passado), 21,6% foram bloqueados e restarão R$ 43,1 milhões para as obras.
“O que acontece é que havia emendas parlamentares de R$ 55 milhões para recuperar o museu. A bancada [de parlamentares] do Rio de Janeiro [na Câmara] resolveu reduzir em R$ 12 milhões, sobrando R$ 43 milhões para as obras. Nada a ver com o MEC”, afirmou o ministro.
Líder da oposição, o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) rebateu. “O ministro da Educação está usando deboche e ironia para tentar mascarar seus ataques à educação e à cultura. É um comportamento inaceitável para um ministro de Estado.”