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Ciclistas: mortes crescem 220% e batem recorde

Foto de arquivo. Ciclistas passam pela ciclofaixa da avenida Brasil André Porto/Metro

A cidade de São Paulo registrou a morte de 16 ciclistas em acidentes de trânsito no primeiro trimestre deste ano, segundo o Infosiga, banco de dados do governo do estado, divulgado nesta segunda-feira.

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O número, que representa aumento de 220% em relação ao mesmo período do ano passado, com cinco óbitos, é o maior desde o início da série histórica, em 2015.

E foram os casos entre os ciclistas que puxaram para cima o total de óbitos em acidentes de trânsito na capital, que subiu 2,9% e passou de 202 para 208, entre janeiro e março de 2018 e 2019.

Neste mesmo intervalo houve aumento das mortes de vítimas em carros, de 17 para 22 casos (29,4%), e queda entre pedestres, de 96 para 89 (-7,2%), e entre motociclistas, de 74 para 70 (-5,4%).

Para o ciclista e consultor em política de mobilidade urbana Daniel Guth, o aumento das mortes envolvendo bikes é “absurdo” e revela a falta de continuidade da política cicloviária na capital. “Não adianta ter planos de médio e longo prazo se não conseguimos resolver problemas imediatos e que estão piorando a segurança do ciclista, como a falta de manutenção e de fiscalização.”

Divulgada em dezembro do ano passado, uma pesquisa da Ciclocidade (Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo) apontou que 40% das ciclovias e ciclofaixas da capital tinham problemas de manutenção.

A prefeitura disse que mantém análise constante dos acidentes e que a população precisa se conscientizar sobre a necessidade de respeitar as leis. Até 2020, R$ 325,7 milhões serão investidos na construção de 173,3 kms de ciclovias e na reforma de outros 310,6 kms. A capital tem 498,3 km de malha cicloviária permanente e 122,2 km de ciclofaixas de lazer (nos domingos e feriados).

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