Seis policiais civis são acusados de extorquir donos de lojas de um shopping no Pari, região do Brás, e comerciantes da rua Santa Ifigênia. A Rádio Bandeirantes teve acesso com exclusividade ao inquérito aberto pela Corregedoria que corre em segredo de Justiça.
Segundo uma das vítimas, o policial Antônio Carlos de Araújo, na época lotado da primeira delegacia seccional, no Centro, o ex-policial Eduardo José Caprio e o Luciano Novaes Mendonça recolhiam R$ 500 por mês de centenas de lojas, desde 2016. Caso os donos não pagassem a propina, a ameaça era fechar o estabelecimento.
A polícia e o Ministério Público investigam a atuação de outros cinco agentes, também da primeira seccional, suspeitos de integrar a quadrilha. A denúncia foi feita por um funcionário de uma das lojas que pagavam o «acerto».
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Antônio Carlos de Araújo e Luciano Novaes Mendonça tiveram a prisão preventiva decretada e estão atrás das grades desde dezembro do ano passado. Eduardo José Caprio era investigador, foi expulso da Polícia Civil e condenado a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão em 18 de setembro de 2012 pelo mesmo crime de extorsão – ele está foragido. O advogado de Araújo, Estanil Cardoso Ferreira, afirma que o policial é inocente.
Segundo relatório do Ministério Público que consta no processo, interceptações telefônicas no celular de Mendonça revelaram conversas dele com policiais sobre valores de propinas e até sobre dados bancários. A Corregedoria da Polícia Civil não quis gravar entrevista porque a investigação corre em sigilo.
O investigador Antônio Carlos de Araújo é irmão do ex-policial civil José Roberto de Araújo, condenado a 22 anos de prisão pelo sequestro, em 2005, do enteado de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como líder máximo do PCC.