O autor do ataque a duas mesquitas em Christchurch, no qual 50 pessoas morreram, responderá a 50 acusações de homicídio e outras 39 de tentativa de homicídio, informou a polícia da Nova Zelândia nesta quinta-feira (4).
As acusações dizem respeito a cada pessoa morta ou ferida pelo terrorista australiano de extrema direita Brenton Tarrant, que pode passar o resto da vida em isolamento na cadeia. A informação foi revelada pelas autoridades em comunicado publicado no Twitter e ainda afirma que Tarrant poderá também ser denunciado por acusações relacionadas à agressão armada em local religioso.
Veja também:
Terceiro suspeito do ataque na escola Raul Brasil tem nova audiência no fórum de Suzano
Acidente com quatro caminhões trava Rodoanel e deixa vítimas presas em ferragens
Recomendados
Sem empréstimo, sem enterro! Tio Paulo ainda não foi enterrado porque família alega não ter dinheiro
“Tio Paulo” era um homem simples, sem mulher ou filhos, dizem vizinhos. “Gosta de um biricutico”
Caso do acidente com Porsche em SP: delegado é afastado do caso após críticas sobre investigação
A expectativa é que o terrorista compareça amanhã (5) ao Tribunal Superior de Christchurch. A audiência será liderada pelo juiz Cameron Mander. Um dia depois do massacre, Tarrant rejeitou seu advogado e afirmou que tem o objetivo de se defender sozinho.
Na ocasião, o advogado Richard Peters disse que o atirador tentará usar a audiência como um «alto falante» da sua ideologia. No dia 15 de março, Tarrant invadiu e atirou contra duas mesquitas deixando 50 mortos e 48 feridos. Ele conseguiu obter legalmente cinco armas, além de possuir licença para porte.
O atirador transmitiu ao vivo o atentado via redes sociais. Após a tragédia, a Nova Zelândia anunciou a proibição imediata de venda de armas semiautomáticas de estilo militar e de fuzis em todo o país. A medida foi apresentada pela primeira-ministra Jacinda Ardern.