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Criminosos levam 4 motos por hora no Estado de São Paulo

André Porto/Metro

Criminosos levaram das ruas e de imóveis do estado de São Paulo total de 35.720 motos no ano passado. É como se a cada hora quatro motociclistas fossem roubados ou furtados. Os dados foram levantados pelo Núcleo de Pesquisa Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado) com base nos boletins de ocorrência registrados pela SSP (Secretaria da Segurança Pública) no Portal Transparência.

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As estatísticas consolidadas pela secretaria mensalmente se referem aos veículos roubados e furtados de forma geral. Para chegar ao total de 35,7 mil motos, os pesquisadores analisaram 319 mil boletins de ocorrência. Se comparados aos dados totais da SSP, de 157 mil, as motos representaram um em cada quatro veículos alvos dos bandidos ano passado.

“Podemos dizer que a principal fabricante de motocicletas do país tem como segundo concorrente o crime, porque o volume movimentado é gigantesco. É uma cadeia que envolve centenas de pessoas no roubo, distribuição e venda de peças, não é um crime qualquer”, disse o professor de economia e coordenador do núcleo da Fecap, Erivaldo Costa Vieira.

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Do total de casos envolvendo motos, 18.553 são furtos e 17.167, roubos. Em relação a 2017, o número de furtos caiu 5% e o de roubos, subiu 6%. “É interessante analisarmos como os roubos caem menos para as motos do que em relação à frota total, que teve redução de 13%”, afirma o professor.

O levantamento traçou também um mapa de onde ocorrem os crimes contra motociclistas. A cidade de São Paulo, que possui a maior frota, lidera tanto em furto (37,1% do total do estado) como roubos (43,6%).

No ranking de furtos, aparecem em seguida São Bernardo (2,8%), Ribeirão Preto (2,7%) e Santo André (2,6%). Já em roubos, a lista segue com Diadema (4,7%), Guarulhos (4,2%) e São Bernardo (4%) – veja abaixo.

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Furto se concentra no centro expandido; roubo na periferia

Colocados um a um no mapa da cidade de São Paulo, os números mostram que os furtos são mais comuns em bairros do centro expandido enquanto os roubos são mais frequentes em regiões na periferia. O ranking dos locais que mais registraram ocorrências no ano passado reflete essa divisão (veja abaixo).

“A teoria é de que os furtos acontecem em locais de trabalho, faculdade, lazer, pois é quando as motos ficam na rua por longo período e, geralmente, em locais afastados, o que gera a oportunidade do furto. O roubo é realizado nos deslocamentos”, afirmou o professor da Fecap Erivaldo Costa Vieira.

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