O arcebispo de Lyon e cardeal Philippe Barbarin foi condenado a seis meses de prisão por não ter denunciado casos de abusos sexuais cometidos por sacerdotes nos anos 70 e 80 na França. A sentença, isenta de cumprimento, foi determinada hoje (7) pelo Tribunal Correcional de Lyon, no centro da França. O caso se refere a abusos cometidos pelo padre Bernard Preynat nos anos 70 e 80 contra menores de idade.
No entanto, Barbarin teria se omitido em 2014 e 2015, quando uma das vítimas o procurou para relatar os abusos. O processo foi aberto pela associação de vítimas «La Parole Liberée», que acusa Barbarin de ter acobertado Preynat. Horas após a condenação, ele renunciou oficialmente de seu cargo.
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O episódio já virou filme na França, intitulado «Grace à Dieu», do cineasta Francois Ozon, que estreou nos cinemas do país há poucos dias.
Conhecido como «Primate des Gaules», Barbarin, de 68 anos, é uma das personalidade eclesiásticas mais importantes e influentes da França. Ele também é a maior autoridade da Igreja Católica processada no país por casos de pedofilia. A defesa do arcebispo pretende recorrer da decisão. «A motivação do tribunal não me convence. Contestaremos esta sentença com todos os meios disponíveis na justiça», disse o advogado Jean-Félix Luciani.