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Após decreto, cresce a procura por curso de tiro

A procura por curso de tiro aumentou após o decreto de flexibilização do porte de arma no Brasil, assinado no começo do ano pelo presidente Jair Bolsonaro. Uma escola de Atibaia (Grande São Paulo), referência nesse tipo,  registra um aumento em um dos seus principais cursos.

A Rádio Bandeirantes acompanhou uma turma de 30 alunos do curso básico de tiro. Cada aluno pagou R$ 1 mil pelas aulas. O responsável afirma que sente o crescimento na procura há mais de 1 ano.

“Agora que esse assunto voltou à pauta, principalmente com o decreto, houve um crescimento na procura”, afirma o especialista em segurança pública, Bene Barboza.

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Mulheres também buscam pelo curso. “Não tenho medo. Acho que as mulheres precisam aprender a se defender”, afirma a designer Andreia Conceição.

O curso permite manejar cinco tipos de armas, entre elas o revólver calibre 38 e a pistola 380, enquadradas no decreto. “A mais comum, a 38, de cano curto, custa pouco mais de R$  3 mil. É a mais barata”, informa o instrutor de tiro Milton Orcesi.

Para o instrutor Paulo Bylynskyj, o decreto muda pouca coisa. “Continua muito engessada [a concessão de licença]”, afirma.

Antes, a permissão ficava a cargo da PF (Polícia Federal). “O que o Bolsonaro fez foi incluir algumas hipóteses para que a discricionariedade para conceder ou não fosse retirada”, disse.

Para obter a permissão, o decreto estabelece algumas regras. “Você tem que ter 25 anos de idade, curso de tiro, laudo psicológico, certidões negativas criminais e fazer uma prova. Você tem que demonstrar conhecimento em relação ao armamento. Não é um caminho fácil”, afirma Bylynskyj.

Outros negócios

O dono de uma gráfica especializada em impressão de alvos, Mauricio Ferrenho, registrou aumento de 40% nas vendas. “Até o final do ano, esperamos crescer, pelo menos 100%.”  

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