O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na terça-feira (5) que o governo busca uma economia de pelo menos R$ 1 trilhão em 10 anos com a reforma da Previdência que será encaminhada ao Congresso.
Guedes ressaltou que o time econômico segue calibrando o texto da reforma e que o presidente Jair Bolsonaro ainda tem que bater o martelo a respeito. “Ele tem o cálculo político dele, não adianta mandar proposta que não é aceita”, disse o ministro, após reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Segundo Guedes, o governo tem duas ou três versões alternativas e o material será apresentado a Bolsonaro após o presidente retomar sua rotina.
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O ministro também disse que a reforma é uma construção democrática do governo, destinada a desarmar um “mecanismo perverso de transferência de renda”, e que a mídia vai entender as linhas estruturantes da proposta e não cair na armadilha corporativista dos que “vazam e tentam atacar o tempo inteiro”.
A fala veio um dia após uma minuta da proposta ter vindo a público, com detalhes como a fixação de idade mínima de 65 anos tanto para homens como para mulheres.
Votos em 2 meses
Maia disse ser possível a Câmara aprovar a reforma até maio, e o Senado aprová-la em junho ou julho, caso a base aliada esteja articulada.
Segundo ele, a base de apoio ao governo na Casa ainda está em construção e o trabalho a ser feito é garantir em dois meses entre 320 e 330 votos a favor da reforma. Para uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) ser aprovada é preciso o voto de 308 dos 513 deputados.
“O nosso problema é garantir, em dois meses, que a reforma da Previdência tenha 320, 330 deputados a favor. Este é o desafio, que a gente começa a trabalhar hoje”, afirmou Maia.