A moto é o veículo que mais mata no Brasil, segundo dados do Observatório Nacional de Segurança Viária. Das 37,3 mil mortes no trânsito registradas em 2016, 32% – ou 12,1 mil – envolviam motocicletas.
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O perigo associado à moto não é novidade. De olho nisso, alunos de Mecatrônica Industrial da Fatec de Mogi Mirim resolveram aproveitar a tecnologia, mais especificamente a Internet das Coisas (IOT), para salvar vidas.
Eles desenvolveram um capacete capaz de identificar a queda de motociclistas e acionar, por meio de um sistema inteligente, o socorro.
Chamado de Capacete IOT, o objeto foi criado após os estudantes Glebson Francisco e Kleython Rodrigues identificarem, em pesquisa com os socorristas do SAMU, os principais problemas no serviço de atendimento aos feridos em acidentes de trânsito.
Eles descobriram que existe a “Hora de Ouro”, que consiste no momento em que as vítimas têm mais chances de sobreviver em acidentes. Nesse sentido, o capacete surge para ampliar as chances de sobrevivência.
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O objeto conta com mecanismos de monitoramento de movimentos do piloto: giroscópio, acelerômetro, GPS e sensores. O sistema estabelece também comunicação direta com a rede de celulares.
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Significa dizer que o capacete inteligente identifica um possível acidente e ativa o socorro automaticamente. “Os sensores presentes na peça detectam desaceleração abrupta e rotação do capacete, ligando um sistema de alerta”, explica o professor Eliandro Rezende da Silva, um dos orientadores do projeto.
Ao constatar um incidente, o capacete dispara um alarme sonoro, estabelecendo contato com a emergência em cerca de 60 segundos.
Para evitar que serviços de socorro sejam acionados sem necessidade, o motociclista tem 30 segundos, a partir do alarme, para pressionar o botão “estou bem” e cancelar a comunicação de emergência.
Neste momento, os criadores estão registrando a patente. O próximo passo é buscar parcerias com fábricas e lojas da região de Campinas e expandir o negócio.