Longe do interesse das mineradoras, a Grande São Paulo também conta com barragens capazes de dizimar cidades. É o caso da barragem Rio das Pedras, na divisa entre São Bernardo e Cubatão, construída na década de 1920. A estrutura, administrada pela Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia S.A.), recebeu ontem vistoria da Defesa Civil e prefeitos das duas cidades. Ela é responsável por represar a água para formação da Billings, que abastece 1,6 milhão de pessoas. Rio das Pedras é parte também do complexo Usina Hidrelétrica Henry Borden.
O sistema é formado por outras quatro barragens. Mas, de acordo com o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), a Rio das Pedras é a que demanda mais atenção. “Traz preocupação porque, se essa barragem rompesse, acabaria com toda a cidade de Cubatão. Para São Bernardo, haveria o problema de ficar sem água. Estamos acompanhando a tragédia de Brumadinho (MG) e por isso nos trouxe essa preocupação.”
O prefeito de Cubatão, Ademário Oliveira (PSDB), afirma que projeções da década de 1980 indicavam que o rompimento levaria água até o Gonzaga, em Santos. “A estrutura é antiga. Temos ciência da segurança dela, é uma muralha. Mas só especialistas para ter um laudo preciso.”
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A análise preliminar da Defesa Civil de São Bernardo não encontrou sinais de risco na barragem. O diretor do órgão, Marcos Cayres, contou que foi acionado no ano passado pela Emae, que solicitou laudo para acelerar o processo de supressão de mata que crescia na base da barragem. “A vegetação atrapalhava o acesso dos fiscais”, diz ele.
Os prefeitos solicitaram à Emae laudos que comprovem a segurança no local. Ademário Oliveira afirma que cobrará também plano de emergência para Cubatão,. “Vamos citar isso no relatório, é muito importante ter um plano.”
A Emae foi procurada pela reportagem, mas não se pronunciou até a conclusão desta reportagem.