O Papa Francisco voltou a defender o acolhimento de migrantes forçados e refugiados, ao compará-los a Jesus Cristo.
No prefácio de uma coletânea de seus ensinamentos sobre a exploração de seres humanos e as migrações, o líder da Igreja Católica afirma que «milhões» de pessoas ao longo dos séculos foram movidas pelo desejo de «se deslocar e se estabelecer em outro lugar com a esperança de encontrar uma vida melhor».
«Os êxodos dramáticos dos refugiados são uma experiência que o próprio Jesus Cristo sentiu, junto com seus pais, no início de sua vida terrena, quando fugiram ao Egito para escapar da fúria homicida de Herodes», diz o Papa.
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Essa não é a primeira vez que Francisco compara Jesus a refugiados, em uma tentativa de incentivar países ricos a abrirem suas portas. As nações que mais acolhem refugiados são emergentes ou pobres, como Turquia, Paquistão e Líbano.
Luzes e esperança
A coletânea sobre migrantes tem quase 500 páginas e foi preparada pelo Dicastério para o Desenvolvimento Humano Integral, com o nome «Luci sulle strade della speranza» («Luzes sobre os caminhos da esperança», em tradução livre).
«Como a história humana, a história da salvação é marcada por itinerâncias de diversos tipos – migrações, exílios, fugas, êxodos -, todas motivadas pela esperança de um futuro melhor em outro lugar. E mesmo quando a itinerância é induzida com intenções criminosas, como no caso da exploração, não se pode deixar roubar a esperança de libertação», afirma Francisco.