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Doria propõe a Bolsonaro o fim do Campo de Marte

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Planejado por João Doria (PSDB) quando ainda era prefeito da capital e reafirmado agora que se tornou governador de São Paulo, o projeto para a desativação total do aeroporto Campo de Marte, na zona norte, foi levado pelo tucano ao presidente Jair Bolsonaro (PSL).

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O assunto foi debatido ontem, em Brasília (DF), durante encontros em que se discutiu planos para o estado e que reuniram o presidente, o governador, ministros e secretários.

Doria, que em 2016 já havia celebrado acordo com o governo federal para criar um parque em parte da área, afirmou que propôs ontem a Bolsonaro que todo o aeroporto seja fechado.

Manifestei minha posição contrária ao funcionamento do Campo de Marte para pousos e decolagens. Não faz o menor sentido. Vocês são testemunhas dos acidentes. Ali não é local mais para funcionamento de aeroporto”, falou o governador a jornalistas.

O plano é manter as instalações da Aeronáutica, que  tem ali escritórios e um hospital, criar um colégio militar, um museu aeroespacial e ampliar a área do futuro parque – projetado para ser tocado pela iniciativa privada, em regime concessão.

A área é grande o suficiente para acomodar o colégio, o parque, o museu. A própria pista do Campo de Marte não precisa ser destruída e será utilizada para quadras esportivas”, afirmou.

Segundo Doria, que não deu prazos ou valor de investimentos, o projeto será agora aprofundado com o major-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, designado por Bolsonaro para tratar do tema.

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Secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi disse à “GloboNews” que o projeto ainda será discutido com as empresas que operam no aeroporto, como as que dão aulas de voo ou alugam aeronaves.

Briga de vizinhos

Primeiro aeroporto da capital, o Campo de Marte é vizinho de grandes vias, como a marginal Tietê e a avenida Santos Dumont, e de áreas comerciais e residenciais.

O terminal tem administração fracionada, por órgãos como a Aeronáutica e a Infraero (estatal federal de aviação), e não recebe voos comerciais – só helicópteros e aviões de pequeno porte, em serviços executivo e de táxi aéreo.

O Metro Jornal foi ao Campo de Marte e conversou com moradores da região. A opinião foi unânime: todos disseram ser favoráveis ao fim das operações.

Aqui na região está bastante complicado, o pessoal fica com medo por causa do Campo de Marte. No fim do ano passado, caiu um [avião] aqui do lado”, disse Nayara dos Santos Ornellas, atendente de um restaurante próximo do local onde aconteceu o último acidente, em novembro de 2018.   

Estado quer a concessão da rodovia Rio-Santos

O governador Doria também anunciou ontem, em Brasília, que pretende conceder à iniciativa privada a operação do trecho da rodovia Rio-Santos que corta as praias do litoral norte.

O plano é incluir a estrada no pacote da rodovia Presidente Dutra, que liga São Paulo ao Rio de Janeiro e terá concessão renovada em 2021.

De pista simples, a Rio-Santos (segmento da BR-101) é um gargalo de trânsito tanto para turistas quanto para moradores. Nos feriados prolongados, os congestionamentos são frequentes.

Doria disse que a rodovia é muito importante, “sobretudo para o turismo”, e que a operação pelo setor privado “vai melhorar a eficiência e reduzir o potencial de acidentes”.  METRO

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