O Ministério Público de São Paulo denunciou à Justiça o ex-diretor do Metrô Sérgio Correa Brasil por supostamente ter recebido propina de R$ 392.870 para «ajustar» o edital de licitação das obras da Linha 5-Lilás.
A Promotoria atribui a ele o crime de corrupção passiva. Também são acusados os executivos ligados à Odebrecht Celso da Fonseca Rodrigues, Carlos Armando Guedes Paschoal e Luiz Antonio Bueno Júnior, por corrupção ativa
Na época em que teria solicitado e recebido a propina, Brasil era gerente de Contratações e Compras do Metrô paulista.
Segundo o promotor Marcelo Mendroni, do Grupo de Atuação Especial de Repressão à Formação de Cartel e à Lavagem de Dinheiro e de Recuperação de Ativos, braço do MP paulista, Brasil pediu e recebeu a propina de R$ 392.870 «por ter ajustado o edital na conformidade das reivindicações das empresas».
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A investigação se originou do acordo de leniência que a Odebrecht fechou com a força-tarefa da Lava Jato, na qual a empresa se comprometeu a fornecer detalhes «sobre os fatos criminosos de seus funcionários», em relação à proposta de concorrência da Linha 5-lilás.
A Odebrecht procurou o MP de São Paulo e entregou provas e depoimentos «que comprovam que o mesmo ex-funcionário da Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô), o denunciado Sérgio Correa Brasil, também solicitou a Carlos Armando Pascoal o pagamento de vantagens indevidas, em dinheiro, por ocasião da efetivação daquele contrato referente ao Lote 7».
A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos citados até a conclusão desta edição. Já a Odebrecht afirma que «continua colaborando com a Justiça e reafirma o seu compromisso de atuar com ética, integridade e transparência».