Um protesto na madrugada desta quinta-feira em Budapeste, contra a polêmica lei do trabalho aprovada pelo parlamento húngaro na última quarta-feira, terminou em confronto entre centenas de manifestantes e policiais de choque, que chegaram a lançar gás lacrimogêneo contra a multidão.
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Entre os aspectos mais controversos da nova legislação está o aumento do número de horas extras autorizadas por ano, que subiu de 250 para 400. Outro ponto que incomodou os trabalhadores húngaros é que, a partir de agora, o empregador terá três anos para pagar as horas extras. Antes o prazo era de um ano.
Segundo o site Euronews, Miklós Hajnal, porta-voz do movimento Momentum, afirmou que “o parlamento pôs praticamente o último prego no caixão da democracia, foi o último passo na construção de um estado unipartidário”.
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O protesto, que começou na frente do parlamento húngaro, seguiu em direção à sede do partido governista, o nacionalista Fidesz, do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán.
O governo justificou a vitória no parlamento, por 130 a 52, como necessária para tornar o país mais atraente aos investidores estrangeiros “e permitir que os trabalhadores húngaros ganhem mais”.
Desde que chegou ao poder, em 2010, Orbán tem trabalhado por uma agenda anti-imigratória, liberal e nacionalista.