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Ministério Público pede prisão de João de Deus; 206 denúncias foram registradas

Dois promotores do MP-GO (Ministério Público de Goiás) protocolaram no fim da tarde de quarta-feira (12), no Fórum de Abadiânia, pedido de prisão preventiva do médium João de Deus. Ele foi acusado por diversas mulheres de abuso sexual.

Segundo o último balanço divulgado pelo órgão, foram registradas 206 denúncias de possíveis vítimas.

Na quarta, o médium apareceu pela primeira vez em público após as denúncias. Abraçado e aplaudido por fiéis que o esperavam na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, o religioso ficou poucos minutos e disse que é inocente. “Sou inocente e quero cumprir a lei. O João de Deus está vivo.”

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Segundo sua assessora de imprensa, Edna Gomes, ele teve um “pico de pressão” e por isso teve que deixar o local logo depois.

A aparição de João de Deus gerou confusão e tumulto na entrada da casa. Jornalistas que aguardavam o médium foram insultados pelos fiéis e o empurra-empurra quase acabou em agressão.

Vídeo da filha

Após a revelação de que uma das vítimas do líder espiritual seria sua filha, Dalva Teixeira – que move ação milionária contra ele por abusos cometidos na infância – o perfil do médium nas redes sociais publicou ontem um vídeo em que ela, ao lado do pai, desmente as acusações. Nele, Dalva diz que “tudo é questão de dinheiro”.

Ao Metro Jornal, a ativista Sabrina Bittencourt, que tem autorização para falar publicamente a respeito de Dalva, salientou, contudo, que o vídeo foi gravado em 2017, época em que os filhos de Dalva e netos de João de Deus moviam uma ação contra ele. Ela teria sido coagida a gravar o registro, e só neste ano ingressou com uma ação por estupro.

Crime gravíssimo

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, a promotora do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) Maria Gabriela Manssur – que também colabora com as investigações – disse que as denúncias contra João de Deus são mais graves do que as acusações que levaram o ex-médico Roger Abdelmassih à prisão.

Segundo ela, havia mulheres com câncer entre as vítimas, o que é o maior agravante. Até o fim da semana, o MP-SP deve ouvir depoimentos de 20 possíveis vítimas do médium.

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