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Pesquisa mostra que só 8% dos paulistanos classifica ruas e calçadas como acessíveis

A Constituição garante que todos têm o direito de ir e vir, mas  a prática é, muitas vezes, um desafio diante da falta de acessibilidade nos espaços públicos.

São nos dois principais pontos de locomoção onde estão as maiores dificuldades, como mostra pesquisa divulgada ontem pela Rede Nossa São Paulo  e Ibope Inteligência. A acessibilidade das ruas e calçadas da capital recebeu a pior avaliação e foi classificada como ruim ou péssima por 57% do público geral entrevistado (veja mais no quadro abaixo). O levantamento ouviu 800 pessoas.

Para quem tem alguma deficiência, o problema é ainda mais crítico: a inacessibilidade atinge até o entorno de equipamentos de saúde voltados à esse público. A reportagem do Metro Jornal esteve nos arredores da rua Pedro de Toledo, na Vila Clementino (zona sul), onde há concentração de hospitais, e mesmo lá encontrou rampas mal localizadas, íngremes, além de calçadas esburacadas e com desníveis.

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Há dez anos, um tiro deixou Rodrigo Luís de Oliveira, 36 anos, paraplégico. A situação não foi obstáculo para ele se tornar atleta profissional de basquete. As barreiras existentes estão nas calçadas. “Tem buraco, poste, árvores e rampas ruins”, listou.

Para o gestor da Rede Nossa São Paulo, Américo Sampaio, as subprefeituras seriam as responsáveis pelas melhorias, mas a troca constante de subsecretários (um a cada 40 dias, desde 2017), “atrapalha a gestão das políticas públicas”.

Segundo a prefeitura, há 68 milhões de metros quadrados de calçadas na cidade e cerca de 16% são de responsabilidade da Secretaria das Subprefeituras. Entre janeiro de 2017 e agosto deste ano, foram revitalizados 12.646,45 metros quadrados de passeios, abrangendo a área da Pedro de Toledo. “O projeto integra a rota de acessibilidade do Plano Emergencial de Calçadas e continua em execução.”   

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