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Bolsonaro defende fim de audiência de custódia e presença de militares nos ministérios

No trajeto entre o aeroporto de Congonhas (zona sul de SP) e o estádio do Palmeiras (zona oeste), o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), concedeu no domingo (2) uma entrevista exclusiva ao programa “Domingo Esportivo”, apresentado por Milton Neves, na Rádio Bandeirantes, na qual afirmou querer rever o instituto da audiência de custódia, em que pessoas que são detidas pela polícia são levadas a um juiz em até 24 horas para decidir se ficarão presas ou não.

“É um ato lá do Conselho Nacional de Justiça, nem lei é, temos que buscar revogar isso daí”, afirmou o político.

Em sua avaliação, há um efeito de sensação de impunidade conferido pela medida. “O sujeito pode praticar um furto, roubo e dificilmente fica mais que 24 horas preso. […] Lá na frente, quando for cometer outro roubo, que sabe que não tem punição para isso, pode acabar tendo uma violência maior ainda e cometendo um latrocínio.”

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O presidente eleito também criticou outras medidas adotadas nos últimos anos, como o Estatuto do Desarmamento e políticas de desencarceramento.

Sobre o tema, ele ainda comentou: “Quando se fala em 60 mil mortes [em homicídios] nós temos que saber, nesse bolo, quantas pessoas honestas e quantos bandidos morreram, e temos que nos preocupar com a morte de pessoas honestas, não de bandidos”.

Para Bolsonaro, o risco de corrupção diminui com a presença de militares no governo. E afirmou que as opções estão se dando não pelo fato de os indicados serem militares ou não, mas por competência. Ele ressaltou que suas escolhas para o ministério provam que acabou o “toma lá, dá cá”. “Isso é o que levou o Brasil à ineficiência e à corrupção”, criticou.

Ouça as falas de Jair Bolsonaro no site da Rádio Bandeirantes.

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