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Hidrômetros viram alvo de ladrões no ABC

Morador protege hidrômetro com grade e cadeado Alessandro Valle/abcdigipress

O interesse na venda do cobre presente na composição do hidrômetro faz com que o equipamento, que registra o consumo de água dos imóveis, esteja cada vez mais na mira dos criminosos. Na comparação entre janeiro e setembro de 2017 com o mesmo período deste ano, o furto do aparelho teve alta de 502,47% em Santo André e São Bernardo (passou de 162 para 976 casos), média de 108 casos por mês. O metal pode ser vendido em ferros-velhos, que pagam até R$ 12 pelo quilo.

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Os dados foram informados pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) e Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). Em São Caetano, o Saesa (Sistema de Água, Esgoto e Saneamento Ambiental) disse não ter como mensurar esse tipo de ocorrência, pois ela acaba sendo cadastrada no sistema “juntamente com outros serviços de assuntos jurídicos”.

No município andreense, os registros tiveram alta alarmante: passaram de 102 casos para 798 no período analisado, aumento de 682,35%. Segundo o Semasa, os bairros que apresentaram maior número de casos neste ano foram Jardim, Vila Valparaíso, Santa Maria e Campestre, todos de classe média e alta.

Ao ser vítima da prática criminosa, a orientação é informar a situação à Central de Atendimento do órgão municipal, pelo telefone 115, ou pessoalmente em um dos cinco postos do Semasa. Atualmente, o valor estipulado pela autarquia para a instalação de um novo hidrômetro é de R$ 78,67.

Em São Bernardo, os casos passaram de 60 para 178, elevação de 196,67%. Para registrar o furto, a pessoa deve ligar para a Central de Atendimento Telefônico da Sabesp, no número 195. A companhia não informou o valor para instalar outro equipamento.

As empresas responsáveis pelo serviço de abastecimento nas duas cidades recomendam que os moradores melhorem as condições de segurança do equipamento, com a instalação da Caixa UMA (Unidade de Medição de Água), que mantém o conjunto do cavalete e hidrômetro abrigado em uma caixa plástica de policarbonato, que é lacrada.

O Semasa, por exemplo, oferta a proteção pelo valor de R$ 64,35, “desde que não seja necessário fazer o remanejamento do cavalete”. Desde dezembro de 2017, a autarquia adotou esse padrão para as novas ligações de água no município. A Sabesp iniciou a utilização em julho de 2015. O produto também é encontrado em casas de materiais de construção.

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Empresas solicitam registro de BO

O Semasa e a Sabesp orientam que as vítimas de furto de hidrômetros façam boletim de ocorrência para que as autoridades de segurança possam investigar os casos e coibir novas ocorrências.

A SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública) informou que as polícias Civil e Militar realizam operações em depósitos de materiais recicláveis que possam comercializar este tipo de aparelho, visando combater à cadeia econômica em torno da venda irregular do material e, assim, diminuir o furto e a receptação de hidrômetros.

Em julho, a Polícia Civil andreense prendeu o proprietário de um ferro-velho na avenida Prestes Maia. O homem de 61 anos foi autuado em flagrante por portar dois hidrômetros, além de carrinhos de supermercado furtados.

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