Fechado desde setembro do ano passado para reforma, o Hospital de Emergências Albert Sabin, no bairro Santa Paula, em São Caetano, tinha a promessa de ser reaberto no fim do primeiro semestre deste ano, mas o equipamento permanece em obras e sem atender a população. A previsão dada pela secretária de Saúde, Regina Maura Zetone, em entrevista ao Metro Jornal em dezembro, era de reinaugurar o complexo hospitalar, “no máximo”, até junho.
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O atraso na entrega acarreta em ainda mais desconforto para quem precisa do serviço e tem que se deslocar até o Hospital São Caetano (no bairro Santo Antonio), que absorveu a demanda do equipamento fechado e fica a 2,3 km de distância.
É o caso da mãe da assistente jurídica Eliete Almeida Procópio, 44 anos, que mora em frente ao Albert Sabin. A filha relata que a idosa, de 70 anos, sofre de pressão alta e o deslocamento até a outra unidade dificulta a situação. “Ela costuma ter umas crises no período noturno e é complicado levá-la até o outro hospital, pois temos que descer para a avenida Goiás para pegar o ônibus lá. Antes, era só atravessar a rua. Agora, ter que caminhar. Para quem está doente, é difícil”, fala Eliete.
Outro problema, segundo ela, é a insegurança que a obra traz quando os operários encerram o expediente. “À noite fica tudo escuro e raramente vemos viatura da GCM (Guarda Civil Municipal) passando por aqui”, afirma.
Os vizinhos do hospital dizem não ter nenhuma informação quanto ao tempo que a reforma ainda levará. “A única coisa que sabemos é que a entrega está muito atrasada”, lamenta o aposentado Antonio Pádua de Moraes, 73. Segundo os moradores do entorno, a execução dos serviços foi lenta até então.
As intervenções, orçadas em cerca de R$ 3 milhões, são pagas pela USCS (Universidade Municipal de São Caetano) como contrapartida da utilização educacional das UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da cidade pelos estudantes.
A prefeitura foi procurada para comentar as razões do atraso e a previsão de reabertura do hospital, mas não retornou até a conclusão desta edição. Atualizaremos a publicação com o posicionamento.
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Fechamento prejudica comerciantes
A demora na reabertura do Hospital de Emergências Albert Sabin causa transtornos não só aos pacientes que precisam de atendimento, mas também aos comerciantes do entorno. Até que o equipamento não volte ao funcionamento, a movimentação da rua Aurélia, onde está instalado, é de extrema tranquilidade.
A falta do fluxo de pessoas tem preocupado o proprietário de uma loja de antiguidades, Rubens Pimenta, 55 anos. “Está difícil para se manter. Já estou pensando em procurar um trabalho fora, porque aqui está complicado para trabalhar”, fala.
Pimenta conta que o restaurante vizinho ao seu estabelecimento não conseguiu permanecer com as atividades pela ausência de freguesia. “O dono falou que vai esperar o hospital voltar a funcionar para reabrir o comércio.”
O comerciantes reclama da demora na execução da reforma – o equipamento foi fechado em setembro de 2017 e as obras tiveram início no começo deste ano. “O prédio nem foi derrubado. É um tipo de reforma que não era para demorar”, disse Pimenta.