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Desaceleração nas vendas de carros deve afetar o ABC

Volkswagen é uma das montadoras que possuem planta na região. Divulgação/Volkswagen

Importante polo da indústria automobilística do país, o ABC deverá ser afetado negativamente pela provável desaceleração no crescimento da produção e venda interna do setor em 2019. A análise é do professor de ciências econômicas e coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista, de São Bernardo, Sandro Maskio. A região conta com cinco grandes montadoras: Volkswagen, Scania, GM, Ford e Mercedes-Benz.

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O presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Antonio Megale, afirmou ontem que o crescimento em 2019 deverá ser “de dois dígitos baixos, um pouco abaixo deste ano”, durante evento promovido na manhã de ontem pela AutoData, empresa especializada em dados e software automotivos. A associação espera fechar este ano com aumento de 13,7% nas vendas e 11% na produção na comparação com 2017.

De acordo com Maskio, a cadeia automobilística que movimenta a região deverá ter abalo “expressivo” com o desaquecimento. “O setor é muito grande e consegue gerar bastante emprego e renda. Consequentemente, a desaceleração gera impacto negativo na indústria e também em outros segmentos, como o comércio”, afirmou.

Para o economista, há um efeito em cadeia previsto. “Na medida em que o setor automobilístico cresce em menor ritmo, os prestadores de serviço diretos, como as autopeças, também diminuem a produção por falta de demanda”, explicou.

O diretor comercial da Scania no Brasil, Silvio Munhoz, afirmou ontem que a expectativa da empresa para crescimento de venda de caminhões no país ficará entre 10% e 20% em 2019. No entanto, o aumento em 2018 está previsto para 60%, o que representa queda entre 40% e 50% na comparação entre os dois anos.

A Volksvagen confirmou a projeção nacional pessimista da Anfavea. Questionadas pela reportagem, GM, Ford e Mercedes-Benz não se pronunciaram oficialmente sobre a expectativa de produção e venda no ano que vem.

O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, responsável por representar os trabalhadores do setor na região, também não se posicionou até conclusão desta reportagem.

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