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Eleições 2018: Na educação, desafio é melhorar aprendizagem em SP

Na segunda reportagem com as propostas dos candidatos ao governo do estado de São Paulo mais bem colocados nas pesquisas, o Metro Jornal traz o tema elencado como prioridade por todos eles: a educação.

A área é a segunda colocada entre as que tem mais problemas na visão dos moradores do estado, segundo pesquisa do Ibope divulgada no mês passado.

Nesse quesito, o principal desafio para quem vencer as eleições de outubro próximo será melhorar a aprendizagem dos alunos das redes públicas no estado, na visão de Gabriel Correa, gerente de políticas educacionais do Todos pela Educação. E, para ele, não apenas com os 3,6 milhões de alunos da rede estadual, mas com todos, “inclusive os das redes municipais”.

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Para fazer frente a esse desafio, o gerente do Todos pela Educação elenca medidas como continuar aprimorando o apoio pedagógico a professores e alunos, incluindo avaliações constantes de aprendizagem e oferta de reforço aos estudantes com mais dificuldades, políticas de valorização dos docentes, que foquem também sua formação e aperfeiçoamento pedagógico, melhoria na gestão educacional e educação em tempo integral.

“A rede estadual não cumpre desde 2013 as metas do Ideb [Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico] para os anos finais do fundamental e para o médio”, lembra Wagner Santos, gerente do Cenpec (Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária). Para ele, um dos grandes desafios será enfrentar a falta de professores e lhes dar boa formação e condições de trabalho.  

Propostas dos planos de governo

João Doria (PSDB

A candidatura assume, no texto, o “compromisso de ampliar substancialmente o número de vagas nas creches, o acesso à pré-escola e a ampliação da educação em tempo integral para os alunos no ensino fundamental”. Para isso, menciona a necessidade de “professores valorizados e bem formados”. Fala ainda de “esforços” para oferecer aos jovens educação profissional e tecnológica e/ou acesso ao ensino superior.  A meta de alfabetizar as crianças de até 7 anos fecha o texto.

Luiz Marinho (PT)

O plano de governo começa dizendo que vai implantar ação coordenada entre educação, cultura, esporte e lazer.  Registra que vai aumentar o salário-base dos professores da rede pública para R$ 4.466 ao longo de quatro anos. O texto fala em triplicar o número de alunos na educação integral. Outros compromissos são implantar acompanhamento que combata a evasão e o abandono escolar e dar atendimento especializado aos alunos com deficiências e também com altas habilidades.

Márcio França (PSB)

O programa enumera 31 ações. A “valorização social, funcional e salarial dos professores de forma permanente” abre a lista, seguida por formação continuada dos profissionais da educação. Acesso e permanência de todos na escola, avaliação contínua ao longo do ano, ampliar a educação integral e as vagas do ensino médio e integrar educação, saúde, assistência social, cultura e esporte na rede estadual de ensino também estão entre as medidas prometidas.

Paulo Skaf (MDB)

Bandeira de campanha do candidato, levar o “padrão de qualidade das escolas do Sesi” é dado como objetivo principal na área. Este é descrito como: “professores motivados, ensino em tempo integral, escolas bem equipadas, laboratórios escolares com tecnologia de ponta, estímulo ao esporte e à cultura”. O plano de governo elenca ainda como medidas a valorização do magistério, a permanente atualização do currículo e investir em um sistema para avaliar o desempenho dos alunos.

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