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Nenhum estado bate meta do Ideb no ensino médio

Divulgado nesta segunda-feira pelo Ministério da Educação, o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) de 2017 reforça a ideia de que o ensino médio é a etapa do sistema de educação que menos evoluiu no Brasil nos últimos anos.

A nota geral do país ao fim do ensino médio, considerando as redes pública e privada de todos os estados, foi de 3,8 – quase um ponto abaixo da meta, de 4,7. O índice cresceu apenas 3 décimos (ou 8,6%) desde 2007, quando foi 3,5.

Nenhum estado atingiu a meta para 2017. A melhor nota do Brasil nessa etapa (4,4, do Espírito Santo) é inferior à mais baixa do país para o início do fundamental (4,6, do Amapá).

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O Ideb é a medição mais abrangente da educação básica no país, porque considera o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), que examina a aprendizagem, e o Censo Escolar (que analisa taxas de aprovação, reprovação e abandono). As avaliações são feitas a cada dois anos com o 5º ano do fundamental, o 9º ano do fundamental e a 3ª série do médio.

“Por ser a última etapa, é no ensino médio que o aluno já carrega uma grande defasagem. É um acúmulo de deficiências ao longo dos anos”, avalia Thaiane Pereira, coordenadora de projetos da ONG Todos pela Educação.

Outra razão, segundo Thaiane, é a evasão escolar. O Ideb apontou que a 1ª série do ensino médio teve a taxa de insucesso (reprovação ou abandono) mais alta do sistema educacional, com 23,6%. “Pela nossa configuração social, a entrada no ensino médio é a etapa que os alunos estão mais vulneráveis ao risco de sair da escola”, explica.

“Estamos muito distantes das metas propostas. É mais uma notícia trágica para o ensino médio do Brasil”, disse o ministro da Educação, Rossieli Soares.

Nota média em SP recua

No estado de São Paulo, o ensino médio público teve redução da nota média dos alunos de 3,9 em 2015 para 3,8 no ano passado, abaixo da meta de 4,6.

Consultada, a Secretaria estadual da Educação, disse que os resultados do Ideb 2017 “evidenciam a necessidade de aperfeiçoar os ensinos fundamental e médio”. A pasta reconhece “o esforço dos profissionais da rede estadual” e diz que “a valorização do professor e o investimento em tecnologia de ponta […] são fundamentais para avançar a qualidade do ensino”.   

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