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Falta de representatividade afasta eleitor jovem

Elza Fiúza/ABr

A falta de representatividade na política faz o jovem brasileiro não querer participar das eleições deste ano. O número de adolescentes entre 16 e 17 anos que podem votar caiu 14 por cento na comparação com 2014, segundo dados divulgados na quarta-feira (1) pelo Tribunal Superior Eleitoral.

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A estudante Julia Hiray faz parte desse grupo, ela está matriculada no ensino médio e optou por nem tirar o título de eleitor porque não encontrou um candidato com quem se identificasse.

Há quatro anos, 23% da população nessa faixa etária eram eleitores. Agora, são 21 por cento, incluindo a também estudante Valentina Savaron, que acredita ser importante reconhecer o poder de políticos na esfera pública.

Ainda que incômodo, o desinteresse do jovem não deve ser uma tendência para os próximos anos, na opinião do colunista de política da BandNews FM Eduardo Oinegue. Para ele, eventos recentes envolvendo grandes nomes da política brasileira, como o do ex-presidente Lula, podem provocar mais discussões entre os jovens.

Ao mesmo tempo, diferentes instituições em todo o país tentam auxiliar o adolescente a se engajar na esfera pública. Na cidade mineira de Divinópolis, a diretora de uma escola estadual Angela Soares aposta na discussão sobre cidadania desde 2016 durante as aulas de filosofia e sociologia.

Nesta semana, o Tribunal Superior Eleitoral lançou um projeto que leva ao ensino fundamental de escolas para todo o país aulas sobre as funções dos cargos eletivos.

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