Parcialmente destruída no último 1º de maio, quando o edifício Wilton Paes de Almeida ruiu depois de pegar fogo, a Igreja Evangélica Luterana Martin Luther (centro) ganhou nesta terça-feira escoramento para evitar que o que restou do prédio tombado vá abaixo enquanto prefeitura e Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico) analisam o projeto de restauro apresentado pela paróquia.
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Aprovado o projeto, a comunidade luterana terá o desafio de levantar fundos para reformar a igreja inaugurada em 1908 . Só para as obras de escoramento e infraestrutura básica já foram consumidos R$ 100 mil. Antes da tragédia, R$ 1,4 milhão havia sido investido em uma restauração que durou quatro anos.
“Ninguém do poder público entrou em contato com a gente, nem para lamentar. Prefeitura, estado, União, ninguém”, reclamou o pastor Frederico Ludwig, líder da Martin Luther.
Acampamento
Passados dois meses da tragédia, há desabrigados acampados no largo do Paissandu (centro). Há forte cheiro de urina e fezes no local, embora haja banheiros químicos. “Está uma imundície, mas recebi o auxílio-aluguel da prefeitura e estou me mudando para uma casinha no Belém”, disse o ambulante Weslley da Silva, 22 anos.