A Prefeitura de São Paulo afirmou que vai instalar banheiros químicos no largo do Paissandu, no centro, para atendimento dos sem-teto vítimas do incêndio e desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, no início do mês. Parte das famílias permanece acampada no local.
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O pedido para colocação dos equipamentos partiu das defensorias públicas do estado e União e foi aceito pela Justiça na quarta-feira.
“Não se trata de incentivar a permanência de pessoas em condições insalubres, mas sim de assegurar provisoriamente um mínimo existencial a vítimas de uma tragédia”, afirmou o juiz da 25ª Vara Cível Federal de São Paulo Djalma Moreira Gomes, que deu prazo de 48h para a instalação dos banheiros.
Em nota, a prefeitura afirmou que “irá cumprir a determinação judicial, mas ressalta que segue oferecendo acolhimento aos desabrigados nos centros de acolhida, que são locais mais apropriados que o largo do Paissandu.”
Relatório
O Ministério Público também foi à Justiça para pedir que a prefeitura informe imediatamente o relatório individualizado do atendimento prestado para cada família vítima do desabamento do prédio.
A prefeitura afirmou que “encaminhou para a Promotoria de Tutela Individual da Vara da Infância Central a lista das famílias atendidas desde o dia 1º de maio e a relação daqueles que recusaram atendimento, em relatórios individualizados com integrantes de cada núcleo familiar”.
Até o momento, 152 famílias se apresentaram e 139 já começaram a receber o auxílio-moradia (R$ 1,2 mil no primeiro mês e R$ 400 nos seguintes).