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Lava invade usina geotérmica e cria risco de liberação de gases tóxicos

Lava derretida produzida pela erupção do vulcão Kilauea, no Havaí, invadiu uma usina geotérmica na segunda-feira (21), obrigando funcionários a correrem para desligar a instalação e impedir uma liberação incontrolável de gases tóxicos.

As equipes trabalharam noite adentro para fechar o 11º e último poço da usina Puna Geothermal Venture (PGV), que fornece cerca de 25 por cento da energia da Ilha Grande do Havaí, enquanto lava emergia de uma fissura ativa a cerca 200 ou 300 metros da área de perfuração mais próxima, disseram autoridades federais e do condado.

“Parceiros do condado, estaduais e federais vêm colaborando estreitamente para monitorar a situação e trabalhar com a PGV para garantir a segurança das comunidades vizinhas”, informou o condado.

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A infiltração na usina é o desafio mais recente às autoridades havaianas, que lidam com o que geólogos avaliam como uma das manifestações mais intensas de um dos vulcões mais ativos do mundo em um século.

A erupção explosiva mais recente no cume do Kilauea ocorreu pouco antes das 18h (horário local), relatou o Observatório de Vulcões do Havaí.

“A coluna de cinzas resultante pode afetar as áreas vizinhas”, alertou.A usina foi fechada pouco depois de a lava começar a irromper no dia 3 de maio através de fissuras recém-abertas no solo que atravessam bairros e ruas no flanco sudeste do Kilauea.Dentro de uma semana, cerca de 227.124 litros de pentano altamente inflamável que estavam armazenados na usina foram colocados fora de perigo.

Na semana passada o Estado disse que está bombeando água fria nos poços e que os cobrirá com pinos de ferro.Os poços da usina têm entre 1.829 e 2.438 metros de profundidade e extraem água extremamente quente e vapor para alimentar turbinas e produzir eletricidade. Cerca de 4,6 quilômetros ao leste da usina costeira, nuvens nocivas de gases ácidos, vapor e partículas semelhantes ao vidro subiram aos céus enquanto lava escorria para o mar.

As autoridades alertaram os moradores a manterem distância do laze, um fenômeno que se forma quando a lava reage com a água salgada, e que pode ser fatal quando inalado. Duas pessoas morreram quando um fluxo de lava chegou ao litoral em 2000.

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