Idosos que utilizam os ônibus municipais de Santo André preferem continuar a entrar pela porta traseira dos veículos, mesmo tendo a disposição novo cartão que permite a utilização da frente, como faz o restante dos passageiros. A reportagem ouviu reclamações do público quanto ao processo de liberação nas catracas.
O Cartão Prioridade foi lançado em março pela prefeitura e é disponível gratuitamente para pessoas com mais de 65 anos.
O motivo apresentado pela gestão do prefeito Paulinho Serra (PSDB) para inclusão do benefício foi facilitar o embarque dos idosos.
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A reportagem do Metro Jornal presenciou ao menos 15 idosos entrando pela porta de trás dos coletivos no ponto de ônibus em frente à estação da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) Prefeito Celso Daniel na semana passada. Apesar do cartão, o embarque pela frente não se tornou obrigatório.
Os idosos entrevistados pela reportagem afirmaram que o processo para usar o cartão é mais difícil e trabalhoso, por isso, mesmo com o benefício em mãos, preferem apresentar apenas o RG para embarcar pela porta de trás. O aposentado Jaime Oliveira, 73 anos, que utiliza o coletivo TR 103 diariamente, disse que não mudou os hábitos. “É muito mais rápido (por trás). Na frente, a fila fica enorme e nunca tem onde sentar”, reclamou.
O aposentado Luiz Carlos Mori, 74 anos, afirmou ter dificuldades de usar o cartão. “Tem que colocar o cartão, depois o dedo (biometria), e o cartão de novo. É confuso e demora. Infelizmente, nem todo mundo é educado para esperar com paciência. Por isso, a maioria entra por trás mesmo, inclusive eu, que já tenho (o cartão).”
A prefeitura de Santo André disse que o Cartão Prioridade não é obrigatório, “mas sim um facilitador do embarque”. A administração informou que, para pessoas que não têm condição da leitura biométrica, é disponibilizado no momento do cadastro um adesivo que é colado ao cartão. “Por meio desta identificação, assim que o idoso entra no ônibus, mostra-se ao motorista e o mesmo efetua a liberação”.
Sobre as filas, a prefeitura afirmou que há um tempo maior natural com o processo, mas que tem trabalhado para diminuir a espera.