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Biblioteca de SP que fica no antigo espaço do Carandiru concorre a prêmio internacional

Quem ainda pensa em biblioteca como um espaço escuro e fechado, onde todo mundo tem que ficar em silêncio, definitivamente precisa visitar a Biblioteca de São Paulo, na zona norte. Por lá, as paredes de vidro fazem o visitante sentir que continua próximo da natureza do Parque da Juventude e o acervo mistura livros, videogames, revistas e filmes para todos os gostos.

“Tudo iluminado e o clima de aprendizado é muito diferente do que já existiu aqui um dia”, explica a superintendente de bibliotecas Sueli Motta. O espaço foi montado na área em que funcionou a Casa de Detenção Carandiru, palco do massacre que deixou 111 presos mortos em 1992.

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O prédio da biblioteca foi construído depois do massacre e quem chega precisa de um minuto para absorver tudo que acontece por ali: pufes, computadores, painéis coloridos se misturam, é um ambiente alegre. Além disso, vale ficar sentado, deitado, conversando, teclando e ouvindo – o que for mais confortável.

A diversidade do acervo e o fácil acesso – a biblioteca fica ao lado da estação Carandiru do Metrô – atrai muitos visitantes para o espaço. A estudante Victoria Martins, 15 anos, por exemplo, prefere os pufes para ler, enquanto Leonardo Penteado, 29 anos, usa as mesas para estudar. Segundo o sócio diretor do escritório Aflalo Gasperini – responsável pela obra da biblioteca – Roberto Aflalo Filho, era exatamente esse o objetivo do projeto.

A união de diversidade e história chamou atenção e a biblioteca agora é finalista de uma premiação em Londres, na Inglaterra, na categoria Biblioteca do Ano. Essa é a única representante brasileira na disputa. O resultado será anunciado nesta terça-feira (10).

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