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Ato em Copacabana lembra crianças vítimas de violência

Manifestação na Praia de Copacabana faz homenagem a crianças mortas de forma violenta no Rio de Janeiro. O evento foi organizado pela ONG Rio de Paz e marcado para esta manhã de sexta-feira, quando se completa um ano da morte da estudante Maria Eduarda Alves da Conceição, assassinada aos 13 anos ao ser atingida por uma bala perdida dentro da Escola Municipal Jornalista e Escritor Daniel Piza, em Acari, na zona norte. O evento reuniu cerca de 50 parentes de crianças vítimas da violência.

A mãe de Maria Eduarda, Rosilene Alves Ferreira, usava uma camiseta com foto da vereadora Marielle Franco, que a amparou na ocasião da morte da menina. Os manifestantes penduraram varais com os pertences de Maria Eduarda e de outras crianças vítimas de bala perdida na praia. Eles também fizeram 47 cartazes com os nomes de todos os meninos e meninas de até 14 anos que morreram vítimas de bala perdida entre 2007 e 2018. Alunos do colégio onde Maria Eduarda estudava também participam do ato e fizeram um minuto de silêncio.

O fundador e presidente da ONG Rio de Paz, Antônio Carlos Costa, cobrou atitudes do governo. «Entre 2007 e 2018, 47 crianças morreram por bala perdida no Rio de Janeiro. Na sua maioria, moradores de favela. O derramamento de sangue desses meninos e meninas é o lado mais hediondo da criminalidade no Rio. O Governo do Estado tem obrigação de impedir que mais mortes ocorram», disse. «É também dever do estado indenizar todas as famílias cujos filhos foram mortos durante operações policiais», afirmou, lembrando que a mãe da Maria Eduarda é mantida por meio da ajuda da parentes e amigos.

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