O governo federal deve começar nesta semana o processo de transferência de venezuelanos em Roraima para outros Estados brasileiros, como São Paulo e Amazonas.
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Nos últimos meses, o fluxo migratório de venezuelanos ao Brasil aumentou com a busca por um trabalho e salários melhores.
O número de carteiras de trabalho emitidas para venezuelanos entre janeiro e setembro do ano passado apenas em Roraima bateu recorde, com pouco mais de 4.500 novos documentos.
Mas conseguir um emprego não é realidade para a maioria dos quase 40 mil imigrantes do país vizinho que estão hoje em Boa Vista.
É o caso de Celeste Aldeia, que mora com os três filhos em um abrigo desde dezembro do ano passado e ainda busca por um serviço no norte do país.
Em Roraima, porta de entrada ao Brasil, não é incomum venezuelanos conseguirem trabalhos que pagam diárias de R$ 50,00 a R$ 100,00.
Às vezes, as oportunidades surgem com a ajuda de brasileiros, como a da professora Rebecca Araújo, que dá aulas de português em Boa Vista.
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Ou o Centro Pastoral do Imigrante, do padre Jesus, que orienta venezuelanos em Pacaraima, última cidade brasileira antes de chegar em território venezuelano.
Com os documentos em mãos, alguns tentam a sorte em outros estados brasileiros, como o Wilmer Cordeiro, que conseguiu a chance dele em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.
Formado em publicidade, ele veio ao Brasil há seis meses em busca de um salário melhor: antes, recebia o equivalente a R$ 30,00 por mês.
Agora, divide um apartamento com outro imigrante e consegue enviar dinheiro à família, que continua na Venezuela.