O Consórcio Intermunicipal do ABC solicitou ao Estado que a distribuição de remédios de alto custo passe a ser realizada nos Poupatempos da região. O serviço é feito hoje em uma farmácia no Hospital Estadual Mário Covas, em Santo André. A distribuição centralizada é alvo de críticas por conta das recorrentes filas formadas no local e a distância para pacientes que vivem em outras cidades.
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A reformulação desta logística é debatida desde 2015 entre prefeitos e governo do Estado, responsável pelos remédios de alto custo.
A secretaria estadual analisou entre este e o ano passado proposta para que algumas unidades municipais e AMEs (Ambulatórios Médicos de Especialidades) realizassem a entrega, mas o projeto acabou não evoluindo. A ideia era que Estado e prefeituras arcassem com os custos, mas os municípios não concordaram com o gasto a mais.
Para o presidente do Consórcio e prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), a opção de se usar o Poupatempo evitaria repassar aos municípios a logística. “Estamos ajudando a construir a melhor solução e reconhecemos que a forma como hoje é feito na farmácia do Mário Covas não é adequada. Nós temos que mudar. Depende agora do governo do Estado colaborar. O Poupatempo é um local próprio para isso. Basta querer criar a farmácia lá.”
O ABC tem atualmente unidades do Poupatempo em Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá.
Morando afirma que o projeto foi entregue em novembro ao secretário estadual David Uip.
A Secretaria de Estado da Saúde disse ao Metro Jornal que tem dialogado e dado apoio técnico aos municípios do ABC e que “aguarda parecer das prefeituras para dar andamento à descentralização da Farmácia de Alto Custo”. De acordo com o órgão, mais de 90% dos municípios têm parceria com a pasta para redistribuição de medicamentos de alto custo e financiam integralmente suas farmácias próprias.
A secretaria não se pronunciou sobre a proposta específica do Poupatempo.