O governo da Argentina afirmou nessa segunda-feira (4) que, embora não existam claras evidências, as suspeitas apontam que houve corrupção no processo de reparação feito no submarino ARA San Juan, desaparecido há 20 dias, durante o mandato de Cristina Kirchner. A informação é da Agência EFE.
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«Houve uma denúncia por corrupção que foi arquivada sem investigação e que dava contas de algumas anomalias. O que eu posso comprovar é que o navio tinha que ser consertado em dois anos e demorou cinco», disse o ministro de Defesa, Oscar Aguad, em entrevista à emissora TN.
Em sua primeira entrevista desde o dia 15 de novembro, quando o submarino desapareceu no Atlântico Sul com 44 tripulantes, Aguad afirmou que há relatórios de auditoria que dão conta que o material usado durante a reparação, entre 2008 e 2014, não teve a «qualidade exigida».
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Além disso, há relatórios que indicam «outra série de anomalias, como sobretaxas», que precisam ser investigadas.
Relembre
O ARA San Juan e seus 44 tripulantes enviaram seu último sinal no dia 15 de novembro, a 430 quilômetros da costa patagônica, apenas horas antes que fosse detectada na região uma suposta explosão submarina que foi identificada na semana passada.
Na semana passada, a Marinha argentina declarou ter encerrado as tentativas de resgatar ainda com vida os 44 tripulantes do submarino. Foi a primeira vez que as autoridades consideraram os marinheiros como mortos.