A Arábia Saudita pediu nesta quinta-feira (9) a seus cidadãos que estão visitando o Líbano ou que lá vivem para que deixem o país o mais rápido possível, segundo a agência de notícias estatal Saudi Press Agency – SPA, e aconselhou aos que pretendem viajar para lá para que não o façam, após as acusações feitas contra Riad por seu suposto papel na crise política libanesa. A informação é da agência EFE.
O Kuwait também fez os mesmos pedidos a seus cidadãos, como uma medida preventiva, de acordo com a agência de notícias estatal Kuna.
A tensão aumentou nos últimos dias entre Riad e Beirute depois que Saad Hariri renunciou ao cargo de primeiro-ministro do Líbano no sábado, quando estava na Arábia Saudita, que é acusada por alguns grupos políticos no país vizinho de forçar esta saída do poder. A renúncia ainda não foi aceita pelo presidente do Líbano, Michel Aoun, que espera o retorno de Hariri ao país para conhecer os motivos.
Recomendados
Lotofácil 3083: resultado do sorteio desta sexta-feira (19)
Sem empréstimo, sem enterro! Tio Paulo ainda não foi enterrado porque família alega não ter dinheiro
“Tio Paulo” era um homem simples, sem mulher ou filhos, dizem vizinhos. “Gosta de um biricutico”
Hariri, que permanece em Riad desde a renúncia, se reuniu hoje com o embaixador da França, Francois Gouvette, e com o chefe da delegação da União Europeia, Michele Cervone d’Urso, segundo um comunicado, que dissipou assim os rumores sobre sua possível prisão domiciliar.
Quando renunciou, Hariri denunciou a preparação de um atentado contra ele e criticou a ingerência do Irã nos assuntos do Líbano, assim como do grupo xiita libanês Hezbollah, ambos inimigos da Arábia Saudita. Hariri assumiu o governo em outubro de 2016, graças a um pacto entre sua aliança política, a 14 de março, e a da aliança 8 de março, dirigida pelo Hezbollah.
Emirados Árabes também
Na sequência dos passos tomados por Arábia Saudita e Kuwait os Emirados Árabes Unidos também pediram nesta quinta-feira a seus cidadãos que não viajem para o Líbano devido à crise criada pela renúncia do primeiro-ministro Saad Hariri.
A agência WAM informou que o Ministério de Relações Exteriores e Cooperação Internacional do país «reafirmou a necessidade da completa adesão por parte dos cidadãos para não viajar para o Líbano».