Dados divulgados nesta quarta-feira pelo governo de Minas a respeito da segurança pública são animadores para os lojistas, especialmente os de Belo Horizonte. Segundo as estatísticas oficiais, houve uma queda de 31,9% nas ocorrências de roubo a comércio da capital mineira nos primeiros oito meses do ano quando comparado ao mesmo período do ano passado.
Conforme os registros, foram 1.859 casos entre janeiro e agosto de 2017 em Belo Horizonte, contra 2.730 no mesmo período de 2016. No recorte que inclui todo o Estado, os dados também são positivos: uma queda de 27,5% na violência aos comércios mineiros. Para o secretário de Segurança Pública do Estado, Sérgio Barboza Menezes, os recentes investimentos realizados pelo governo na área foram essenciais para essa queda. “Realizamos a mudança de estratégias das forças de segurança, a repressão qualificada com estratégia, a presença dos homens na rua, as bases móveis e a prevenção, que temos colocado num patamar de excelência para a redução da criminalidade”, ressalta. Ele cita como exemplo áreas comerciais do Buritis, na região Oeste de BH, que, ao longo de 2017, passou a conviver com mais policiais nas ruas, em dias e horários diferentes.
Outro lado
Para Nadim Donato Filho, presidente do Sindilojas (Sindicato dos Lojistas de BH e região), a queda nos índices de criminalidade não foi perceptível para os comerciantes. “Sem querer questionar os dados do governo, mas a gente não percebeu. Acredito que tenha havido, na verdade, uma queda no número de registros de denúncias. É muita demorado e cansativo chamar a polícia e fazer um BO”, afirmou. O secretário de segurança pública, entretanto, reforça a necessidade do registro de ocorrências. “O registro serve para que as forças de segurança façam o mapeamento e uma análise qualificada do que acontece no Estado”, explica Menezes.
O representante do sindicato ainda ressalta que, embora tenha havido um aumento no efetivo policial, o investimento ainda não foi suficiente. “Percebemos o aumento da circulação dos policiais nas regiões comerciais, como, por exemplo, no Hipercentro. Entretanto, as reclamações dos lojistas perante o sindicato só aumentaram”, completa Filho. Segundo dados do Sindilojas, a região do Barreiro é líder em reclamações de casos de violência a estabelecimentos comerciais.