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Governo central tem deficit primário de R$ 22 bilhões em setembro

O governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) registrou deficit primário de R$ 22,725 bilhões em setembro, informou o Tesouro nesta quinta-feira, desempenho pior que o esperado e afetado pela forte base de despesas do governo.

A projeção de analistas era de que o saldo ficaria negativo em R$ 20,6 bilhões no mês, segundo pesquisa Reuters.

Enquanto a Previdência amargou deficit de R$ 28,137 bilhões em setembro, enquanto Tesouro e BC somaram juntos um superávit de R$ 5,412 bilhões.

As despesas no mês até cresceram menos do que as receitas. A forte base de gastos, contudo, acabou resultando no deficit.

Em setembro, a alta real das despesas totais foi de 3,6% ante igual período do ano passado, a R$ 112,564 bilhões, puxada pelo expansão de 7,7% em benefícios previdenciários.

As receitas líquidas do governo central, por sua vez, subiram 8,5% por na mesma base, a R$ 89,839 bilhões, impulsionadas pela arrecadação extraordinária de R$ 3,3 bilhões com o Refis, programa de regularização tributária.

Também contribuíram para o avanço o crescimento de R$ 1 bilhão na arrecadação com PIS/Cofins sobre combustíveis, na esteira de elevação desses tributos promovida pelo governo, e o aumento de R$ 3,7 bilhões nas receitas por conta “do comportamento dos principais indicadores macroeconômicos”, conforme destacou o Tesouro em apresentação.

Ano

Nos nove primeiros meses do ano, o rombo chegou a R$ 108,533 bilhões, subindo a R$ 169,9 bilhões no acumulado em 12 meses, acima da meta de deficit de R$ 159 bilhões para o ano.

O governo tem reiterado o compromisso com a meta e, para tanto, conta com receitas além do esperado que foram arrecadadas em leilões de energia e petróleo, além da liberação de mais recursos em precatórios não sacados há mais de dois anos — possibilidade que ainda segue em análise jurídica.

Segundo o Tesouro, a piora no resultado acumulado deverá ser revertida nos meses de novembro e dezembro, já que no último bimestre do ano passado foram regularizados uma série de pagamentos, incluindo a organismos internacionais e referentes a tarifas bancárias, afetando a base de cálculo em 12 meses.

Para o mesmo período deste ano, o Tesouro prevê o ingresso de R$ 27,6 bilhões em receitas de concessões e permissões.

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