CPTM e Metrô fazem mais apreensões de ambulantes

“Deliciosas balas mastigáveis.” Passa uma estação. “Estou trazendo a novidade, o porta-documento.” Passa outra estação. “O fone de celular você testa na hora, aqui no shopping trem.”

Quem anda de metrô ou trem tem a impressão de que a quantidade de ambulantes expondo suas mercadorias nos trens aumentou. Em certos horários e trechos, há pelo menos um em cada intervalo entre estações. Isso quando um vagão não reúne mais de um vendedor, que disputam a atenção dos passageiros.

Não há estimativa sobre o total de vendedores. Mas os números disponíveis mostram que as apreensões de mercadorias dos ambulantes cresceu nas duas companhias, nos primeiros meses deste ano.

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O Metrô, que contabiliza total de apreensões, informa que de janeiro a julho deste ano realizou 9.557 ações do tipo, 88% a mais do que o número registrado nos sete primeiros meses do ano passado.

Já a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) faz a contagem de itens apreendidos e seus dados mostram alta de 4,1% no 1º semestre deste ano –de 794.169 para 826.977.

Os números das duas empresas mostram como as denúncias de passageiros influenciam nas operações. No Metrô, ano passado haviam sido 5.707 mensagens e, neste ano, o número subiu para 9.085. A CPTM também viu a colaboração de seus usuários aumentar, de  6.355 no 1º semestre de 2016 para 7.659 neste ano.

As duas companhias dizem combater diretamente a prática –fazendo, por exemplo, ronda de agentes uniformizados e à paisana, que recebem informações dos centros de controle, onde ficam as câmeras que monitoram o sistema.

Além disso, fazem campanhas para desestimular que os passageiros comprem os produtos, alertando sobre a procedência desconhecida e até a possibilidade de serem piratas.

Por fim, ressaltam que denúncias podem ser feitas por SMS. No Metrô, o número é 9-7333-2252. Na CPTM, a mensagem pode ser mandada para 9-7150-4949. As empresas dizem que o denunciante fica anônimo.