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Mortalidade infantil cai 35% em Campinas

A TMI (Taxa de Mortalidade Infantil) – mortes a cada 1 mil nascidos vivos – registrou queda de 35% em Campinas entre 2000 e 2016. Na RMC (Região Metropolitana de Campinas), de modo geral, a redução de mortes também foi verificada no período. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira pela Fundação Seade.

Campinas iniciou o século com taxa de 14,16 e fechou 2016 com 9,2. Outras cidades também apresentaram queda no número. Destaque para Americana, que partiu de 11,25 e chegou em 6,8, Hortolândia que reduziu o número de 15,93 para 10,5, e Sumaré, que baixou o índice de 11,92 para 7,3.

A variação foi maior em municípios com população menor – abaixo de 60 mil habitantes. Como é o caso de Holambra (que soma cerca de 14 mil habitantes), que passou de 17,14 para 4,6. Segundo Luis Patrício Ortiz Flores, demógrafo chefe da divisão de Produção de Indicadores Demográficos do Seade, essa evolução mais sensível em cidades pequenas tem uma explicação. “As áreas menores apresentam um problema com números. Como são poucas ocorrências de eventos, a variação acaba sendo grande caso haja um caso ou outro a mais ou a menos”, explica.

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O demógrafo ressalta que os índices paulistas são positivos, e estão estáveis. “Desde 2011 apresentamos uma estabilidade nos números. Temos uma média boa, já que em países Europeus, temos taxas entre 10 e 15. Porém, ainda é preciso evoluir. Chile, Cuba e japão, por exemplo, apresentam números bem abaixo, menor do que 7 mortes para cada 1 mil habitantes. Isso tem a ver com educação da população também”, pontua o especialista.

Para Carlos Ferraz, diretor-presidente da Maternidade de Campinas, vários aspectos influenciaram para a melhora dos índices, ligados ao acesso a melhores cuidados e à tecnologia. “A assistência pré-natal, maior procura por assistência adequada, assistência efetiva ao parto, neonatal, entre outros fatores melhoraram muito nesse período”, cita. A dificuldade em se aprimorar ainda mais, segundo Ferraz, tem relação com a alta demanda – associada à crise, que leva cada vez mais pessoas para a rede pública –, que necessitaria de um investimento maior para melhorar o serviço.

No Estado

A taxa de mortalidade infantil no Estado manteve a média de Campinas. Caiu de 16,97 para 10,9% no período, queda de 35,7%. A capital fechou 2017 com taxa de 11,1%.



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