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Casa invadida no Morumbi foi assaltada pelo menos outras cinco vezes

Feito refém junto da mulher e da sogra, o empresário Cesar Augusto Gil de Oliveira, de 57 anos, relatou à reportagem que a casa invadida no Morumbi no domingo, 3, teria passado por situação semelhante pelo menos outras cinco vezes.

Segundo ele, na última vez, há mais de quatro anos, a mulher dele, de 55 anos, teria sido feita refém com empregados do imóvel. Em nenhuma das ocasiões, os moradores chegaram a sofrer algum tipo de agressão física intensa – embora, no domingo, eles tenham sofrido ameaças de morte.

De acordo com Oliveira, os quatro assaltantes já estavam na residência quando a sogra e a mulher, com quem se relaciona há cerca de 20 anos, chegaram por volta das 19 horas. Ainda na porta, elas teriam sido rendidas, momento em que a idosa foi empurrada para o chão.

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Cerca de 20 minutos depois, o empresário chegou e, também na entrada, foi atingido por uma coronhada na cabeça. «Eles falavam ‘abre o cofre, abre o cofre’, ‘quero a senha, quero a senha’, e eu respondia: ‘eu não sei, não moro aqui, não sei a senha do cofre'», relata.

De acordo com Oliveira, os homens usavam luvas e máscaras ninjas «Eles estavam mexendo na casa inteira para descobrir onde era o cofre, arrancaram todos os quadros das paredes, arrancaram uma porta falsa, que era onde estava o cofre», comenta.

Ao deixar o local repentinamente, os invasores deixaram mochilas com objetos roubados. Mesmo assim, segundo o empresário, tinham conseguido pegar dois relógios, um colar e R$ 5 mil em dinheiro. «Depois que acabou o tiroteio, nós saímos lá fora para ver como estava e aí já estavam todos os ladrões mortos», aponta.

Segundo o empresário, a casa não tinha serviço de segurança ou câmeras de vigilância. «Vai ter que por segurança porque não pode mais acontecer isso», diz. «Ainda bem que não fizeram nada com as duas. Foi muito choque para mim, para ela (sogra) e a minha mulher», comenta.

Oliveira voltou a trabalhar nesta terça-feira, 5. «Não estou conseguindo dormir depois do que aconteceu, eu estou bem abalado», confidencia. Ele avalia como «nota mil» o trabalho da Polícia Civil na ação. «Achei o máximo o que eles fizeram com esses 10 ladrões. Não tinha que sobrar mais nenhum ladrão no Brasil.»

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