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Defesa de Joesley nega peneira em documentos à Lava Jato

Rovena Rosa/Agência Brasil

O advogado de Joesley Batista, Pier Paolo Bottini, garantiu que não houve «peneira» em documentos e informações fornecidas pelo dono do Grupo J&F à Procuradoria Geral da República. Bottini falou com a BandNews FM nesta sexta-feira (1º). Segundo ele, ainda há outras provas a serem entregues pelo empresário à Justiça.

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O defensor de Joesley descarta a hipótese de o cliente ter mentido ou fornecido material falso às autoridades. Bottini afirmou ainda que não teve acesso às gravações que teriam sido recuperadas pela Polícia Federal.

Boechat: não cabe a Joesley triar provas para Lava Jato:

Joesley entrega extratos de depósito

Comprovantes de depósitos para a chamada «conta Lula» estão entre os novos documentos entregues por Joesley Batista às autoridades nessa quinta-feira (31). A informação é da colunista da BandNews FM Mônica Bergamo.

Venceu nessa quinta-feira o prazo para que a defesa do empresário anexasse documentos aos termos da colaboração premiada assinada com o Ministério Público Federal (MPF). Bergamo traz a informação de que o dono da JBS tenta provar a versão apresentada por ele, em maio, de que o dinheiro abasteceu campanhas eleitorais dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

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O delator afirmou à Procuradoria-Geral da República que criou esta conta no exterior para acumular as propinas pagas ao Partido dos Trabalhadores.

Segundo Joesley, a cada «favor» do Planalto que favorecesse a JBS, um depósito era realizado para servir como «crédito futuro» ao PT. O saldo destas movimentações chegou a US$ 150 milhões.

O empresário afirma que os comprovantes eram entregues a Guido Mantega, responsável por controlar estas operações no exterior; o ex-ministro dos governos petistas nega todas as acusações.

Na sequência, descobriu-se que a conta mencionada por Joesley Batsita não estava em nome de Lula, Dilma, ou algum laranja; mas sim em nome do próprio empresário.

O controlador da JBS, inclusive, usou o dinheiro desta conta para benefício próprio – comprou dois barcos, um apartamento em Nova Iorque e pagou a sua festa de casamento com o montante.

Posteriormente, o saldo no exterior foi trazido para o Brasil por Joesley Batista, após o empresário pagar a multa estabelecida na Lei de Repatriação.

Os novos documentos entregues pelo empresário têm como objetivo provar a versão inicial do empresário, de que os US$ 150 milhões beneficiaram o PT.

Nesta quinta-feira, o dono da JBS também entregou cerca de 40 horas de gravações adicionais – além daquelas que implicaram, por exemplo, o presidente Michel Temer (PMDB), o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB) e o senador Aécio Neves (PDSB).

Joesley Batista e os demais delatores da JBS tiveram até ontem para entregar todos os documentos necessários para provar as versões apresentadas em maio.

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