Com mais de 80% da população vivendo com menos de US$ 2 por dia e assolado por um terremoto que destruiu as já precárias cidades em 2011, o Haiti é o país mais pobre da América Latina. Energia elétrica e água limpa são uma realidade distante para quem vive nessas condições. Sem isso, não se tem o básico. Para melhorar o cenário de comunidades carentes da região, uma tecnologia desenvolvida em Belo Horizonte promete levar eletricidade a um baixo custo para centenas de famílias.
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Além de soluções de iluminação, os painéis solares têm capacidade para energizar computadores, geladeiras para remédios, projetos usados nas salas de aula e até mesmo equipamentos de transmissão wi-fi. “Estamos desenvolvendo algo que poderá mudar a forma como geramos e percebemos a energia num futuro muito próximo. Estamos falando de um novo conceito: energia limpa, com potencial de baixíssimo custo e que pode ser integrada a praticamente tudo. O potencial é imensurável”, explicou Tiago Alves, CEO da empresa responsável pela tecnologia.
Parceria italiana
Os equipamentos serão levados para o Haiti com recursos de doações realizadas pela internet. A iniciativa ocorre através de uma parceria com o projeto italiano Warka Water, que leva água potável para regiões desertas e carentes, como alguns países da África. Com uma doação da empresa mineira, a ONG organizou um workshop no último mês, convocando voluntários para ajudar na implantação dos painéis solares.
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“O Warka Water não só provê um recurso fundamental para a vida, a água, mas, levando também energia, educação e um lugar de convívio social. Nós acreditamos que ele possa ser um ponto de partida para empoderar comunidades e ajudá-las a construir maior independência”, contou seu criador, Arturo Vittori.
O equipamento se constitui por uma torre feita com bambu ou outro material de fácil acesso na região em que for montado, que capta o vapor d’água atmosférico e o torna próprio para o consumo. E hoje ele se reiventou com uma inovação mineira: os painéis solares orgânicos.
A produção do Warka Water é de baixo custo e montado em 10 dias, com a ajuda da comunidade – os grupos recebem treinamento de como usá-lo e noções básicas de educação ambiental e compostagem. Além da usina solar, os beneficiados no Haiti ainda vão receber um ponto de Wi-Fi na torre, levando energia e inclusão digital para lugares onde isso ainda é uma raridade.