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Calor no hemisfério norte deixa países em alerta

GLOBAL-HEATWAVE/FRANCE

O calor extremo em grandes porções do hemisfério norte despertou sinais de alerta em vários países da Europa e da Ásia. Nesta quarta-feira foi o solstício de verão acima da linha do Equador – quando o dia tem mais horas de sol no ano. Em Londres, as temperaturas chegaram a 34ºC; em Paris, 37ºC; e em Madri, 38ºC.

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Esse clima quente e seco é um dos principais fatores à propagação de incêndios florestais como os que mataram dezenas de pessoas em Portugal. A agência de notícias russa “Tass” relatou incêndios em florestas da Sibéria e de Irkutsk, região do extremo leste do país.

No sudoeste dos EUA, principalmente na Califórnia e no Arizona, voos foram cancelados por linhas aéreas regionais, cujas aeronaves operam com temperatura máxima menor. No Reino Unido, a mídia regional do condado de Surrey, no sudeste, noticiou que o sol intenso derreteu o asfalto das estradas. Na China, o maior produtor de grãos do mundo, o clima quente e seco no principal cinturão de milho atrasou o plantio e retardou o desenvolvimento da colheita, especialmente na província de Liaoning, onde os níveis de umidade do solo foram os mais baixos em ao menos cinco anos.

“A seca que atingiu partes do nordeste da China é a pior da última década para esta época do ano, na extensão de áreas que afetou e no período de tempo que durou”, disse Ma Wenfeng, analista da Beijing Orient Agribusiness Consultancy.

Depois de registrar temperaturas recordes nos últimos dois meses, a OMM (Organização Meteorológica Mundial) informou que a Terra está passando por “mais um ano excepcionalmente quente” e que as ondas de calor chegaram anormalmente mais cedo.

“Partes da Europa, do Oriente Médio, do norte da África e dos Estados Unidos testemunharam temperaturas extremamente altas em maio e em junho, e vários recordes foram quebrados”, informou a OMM.

A tendência vista durante o último bimestre colocou as temperaturas globais mensais médias deste ano  entre as mais altas já registradas desde que os dados começaram a ser coletados, em 1880.  

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