A Polícia Civil promete fechar o cerco contra os casos de roubos e furtos de veículos em Belo Horizonte com a criação do projeto RED (Rondas Especializadas do Detran), que foi apresentado ontem pela corporação. Durante a fase piloto, no mês passado, o programa resultou na prisão de 17 pessoas no bairro Santa Cruz, região Noroeste de Belo Horizonte, local conhecido pelas constantes ocorrências de furtos e receptação de veículos.
Na prática, o RED vai permitir à Polícia Civil atender as vítimas em tempo real, dispensando a necessidade do fim da conclusão do Registro de Ocorrência pela Polícia Militar para que os investigadores iniciem as buscas pelo veículo. De acordo com a corporação, as equipes agora ficarão distribuídas nas ruas da capital e, assim que receberem o chamado, irão imediatamente para o local da ocorrência. “A diferença para o que acontece hoje é que teremos uma ronda específica, que vai atuar sem especificidade de horário e local. Todos estarão de prontidão para atuar, independentemente do horário”, explicou o diretor do Detran-MG, Rogério de Melo Franco Assis Araújo.
O objetivo é manter 25 policiais civis em esquema de plantão 24h, inicialmente, concentrados na sede do Departamento de Investigação de Furto e Roubo de Veículos, no bairro Barro Preto, região Centro-Sul de BH. Quando, por exemplo, um carro for roubado, eles seguirão para o local e iniciarão as buscas, em parceria com a Polícia Militar, que vai atender a ocorrência. “Essa equipe de RED trabalhará, especificamente, com relação a furto e receptação. Vai proporcionar mais segurança ao patrimônio do povo e também mais segurança objetiva e subjetiva à população mineira”.
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O projeto ainda não tem data definida para ser colocada em prática, mas a Polícia Civil pretende fazer pelo menos um atendimento semanal.
Ataque motivou operação
A primeira operação do RED, no dia 5 de abril, resultou na condução de 17 suspeitos, apreensão de 16 carros e três motos com queixas de roubo ou clonados, além de 13 quilos de maconha.
Todos os envolvidos são de uma gangue do bairro Santa Cruz e teriam relação com o ataque sofrido por uma equipe de policiais civis que fazia incursão na região. No dia seguinte ao ataque, o RED foi colocado em teste.