A balança comercial brasileira registrou superavit de US$ 7,145 bilhões em março, melhor dado para o mês da série histórica iniciada em 1989, com as exportações crescendo em um ritmo mais forte do que as importações, mesmo com o escândalo deflagrado pela operação Carne Fraca, da Polícia Federal, que comprometeu os embarques brasileiros de carnes no mês passado.
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O resultado veio acima da expectativa de superavit de US$ 6,8 bilhões, segundo pesquisa Reuters, e foi decorrente de exportações de US$ 120,085 bilhões e importações de US$ 12,940 bilhões no mês.
No acumulado do primeiro trimestre, o saldo comercial ficou positivo em US$ 14,424 bilhões, alta de 72% ante o mesmo período de 2016, informou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) nesta segunda-feira.
No mês, as exportações avançaram 20,1% na comparação anual, pela média diária. Segundo o ministério, as vendas externas de carne de frango e suína cresceram 7% e 33,4%, respectivamente, sobre março de 2016. A exportação de carne bovina, no entanto, recuaram 6,1% no período, em meio à investigação da PF revelada no mês passado sobre supostos pagamentos de propina envolvendo a fiscalização de produtos no Brasil.
As importações também cresceram em março, mas em um ritmo menor, de 7,1% ante março de 2016, também pela média diária.
Para 2017, o MDIC projeta superávit semelhante ao de 2016, da ordem de US$ 47,7 bilhões, mas com aumento tanto nos produtos vendidos como nos comprados pelo país. No ano anterior, o saldo positivo se deu por uma queda maior nas importações do que nas exportações, em meio ao ambiente de recessão econômica.