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Em nova fase da Lava Jato, Polícia Federal mira operadores financeiros

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal lançaram nesta quinta-feira a 38ª fase da operação Lava Jato visando dois operadores financeiros que prestariam serviços para o PMDB no esquema de corrupção na Petrobras, informaram os dois órgãos.

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Os dois operadores não tiveram seus nomes revelados pelas autoridades, mas segundo uma fonte com conhecimento das investigações são Bruno Luz e Jorge Luz, e tiveram prisão preventiva decretada, mas estariam no exterior e possuem dupla nacionalidade, de acordo com o Ministério Público.

Além dos dois mandados de prisão preventiva, policiais federais também realizavam 15 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, de acordo com a PF.

«Os investigados responderão pela prática dos crimes de corrupção, fraude em licitações, evasão de divisas, lavagem de dinheiro dentre outros», informou a PF em nota.

Esta fase da Lava Jato foi batizada de Blackout, em referência ao sobrenome dos acusados e para «demonstrar a interrupção definitiva  da atuação destes investigados como representantes deste poderoso esquema de corrupção».

A operação teve como base principal depoimentos prestados em acordos de delação premiada reforçados, segundo o MPF, por informações documentais e provas obtidas em acordos de cooperação jurídica internacional.

Os operadores atuariam na diretoria internacional da Petrobras e são suspeitos de intermediar o pagamento de propinas na compra dos navios-sonda Petrobras 10.000 e Vitória 10.000, na operação do navio sonda Vitoria 10.000 e na venda, pela Petrobras, da Transener para a empresa Eletroengenharia, informou o Ministério Público.

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Os dois investigados também atuavam, segundo os procuradores, de forma esporádica nas diretorias de Abastecimento e Serviços da estatal.

«As prisões foram decretadas para garantia de ordem pública e para assegurar a aplicação da lei penal, tendo em conta a notícia que os investigados se evadiram recentemente para o exterior, possuindo inclusive dupla nacionalidade», disse o procurador Diogo Castor de Mattos, que integra a força tarefa da Lava Jato, segundo comunicado do MPF.

Segundo o Ministério Público, na decisão que autorizou o lançamento da 38ª fase da Lava Jato, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância, determinou que, caso confirmada a ida dos acusados para o exterior, o nome deles seja incluído na lista de foragidos da Interpol.

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