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Obra é inaugurada por dois prefeitos na Grande São Paulo

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O prefeito de Santo André (Grande São Paulo), Paulinho Serra (PSDB), realizou no último fim de semana um evento para inauguração de 96 apartamentos do Conjunto Habitacional Catiguá, no bairro Erasmo Assunção. No entanto, um detalhe chama a atenção: o mesmo empreendimento de moradia popular já havia sido entregue no fim de novembro pelo ex-prefeito Carlos Grana (PT). O Metro Jornal esteve nesta terça-feira no local e ouviu dos moradores que houve, de fato, duas cerimônias de inauguração dos imóveis.

A atual administração municipal alega que as unidades habitacionais foram entregues inacabadas no ano passado. “Devido a problemas estruturais e sem a autorização dos bombeiros, foi inviável a ocupação por parte dos moradores. O projeto foi feito às pressas pela última gestão devido a falta de planejamento e ao momento eleitoral”, diz nota emitida pela prefeitura – o ato de inauguração no ano passado aconteceu depois da definição da eleição municipal.

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O governo de Paulinho diz que os reparos necessários estavam previstos para abril, mas foram antecipados por conta do início das aulas, já que as crianças foram matriculadas em escolas do entorno.

A gestão de Grana nega que as habitações foram entregues inaptas para morar.  A ex-secretária-adjunta de Habitação, Denise Girondi, alega que o prédio foi inaugurado no fim de novembro pronto, mas sem o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros), que, segundo ela, estava previsto para ser liberado entre o fim do ano passado e o começo deste ano, prazo estipulado, de acordo com a ex-secretária, para a mudança das famílias.

“Houve, inclusive, vistoria da Caixa Econômica Federal (financiadora do projeto),  que atestou que o local estava pronto para receber moradias. Então, se faz a entrega da obra, as famílias vão até o prédio assinar o contrato e  escolhem o apartamento. A partir daí, tem um período administrativo para escolha de síndico, contratar a empresa de gás, fazer ligação de água e de luz. Todas as entregas de nossa gestão foram feitas assim”, afirma.

Denise diz que as famílias foram avisadas em novembro que só poderiam começar a fazer obras nos apartamentos e iniciar a entrada nos imóveis a partir de janeiro. “Tanto é que as pessoas recebem um cronograma de mudança. Elas já sabiam disso. O Paulinho poderia ter feito uma visita aos novos moradores, e não dizer que entregou os apartamentos, porque não foi ele.”

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